- Título da obra: “A pequena princesa”
- Técnica: Acrílica sobre Tela
- Dimensões: 50 x 50 cm mais moldura dourada rústica envelhecida
- Local/ Ano de criação: Rio de Janeiro – Brasil – julho/2019
Esta obra participou da Exposição Arte com contos promovida pela Escola de Artes Fabrícia Gonçalves em Balneário Camboriú/SC no período de 12/07/2019 a 12/08/2019 no Balneário Shopping daquela cidade.
Esta obra foi inspirada na foto de uma cena do Filme “A Pequena Princesa”, baseado no Conto A Princesinha, de Frances Hodgson Burnett. A história da protagonista, Sara, foi marcante pra mi, pois como toda criança tinha meus medos e dificuldades. Quando li esse livro devia ter uns 12 anos de idade e aprendi como lidar com os problemas e as dificuldades sem me deixar abater.
Assim como a protagonista usei muito a imaginação “se eu acreditar, vira verdade”. Mais tarde, já formada como psicóloga, descobri que esta expressão de Sara tinha um nome “científico”: pensamento mágico, muito comum em toda criança. Mas independente de qualquer coisa, na época em que mais precisei este otimismo me ajudou. Sonhei, estabeleci metas e consegui transformar meus sonhos em realidade. E assim como ela ajudei muitas pessoas, ensinando que por pior que seja a situação vivida ela é passageira e sempre existirá alguém em uma situação bem pior. E que devemos ajudar a quem precisa.
Resumo do conto:
Sara era uma menina órfã de mãe e foi criada com muito amor pelo pai. Ele era um rico empresário e moravam há alguns anos na Índia. Sempre foi cercada de muito luxo e riqueza, porém Sara não dava importância aos bens materiais. Sua maior riqueza era o amor de seu pai. Tratava muito bem todos os funcionários da casa e era uma filha bastante amorosa. Seu pai a encorajava a estudar fora da Índia e explicava que não ficariam separados para sempre, pois voltariam a morar juntos quando concluísse sua formação. Quando completou sete anos seu pai a acompanhou para o melhor colégio interno de Londres. Sabendo que era filha de um rico empresário a diretora do internato a encheu de elogios e atenção, dando-lhe o melhor quarto para ficar hospedada, mas Sara estava triste e não se importou. Tratou -a, assim como as novas colegas do internato, com respeito e simpatia. Seu pai orientou para que tudo de bom e do melhor fosse dado a filha, sem restrições financeiras. Sara disse ao pai que trocaria tudo q recebesse para poder ficar com ele, mas já q era impossível pediu que antes de partir lhe comprasse uma boneca para que não se sentisse muito só. E assim foi feito.
Antes de voltar para a Índia, saíram para que Sara escolhesse sua boneca especial. Depois de muito procurar Sara encontrou uma boneca com quem sentiu uma enorme conexão e a chamou de Emily. Seu pai, partiu, Sara sofreu, mas não demonstrou para não deixá-lo mais triste ainda. A diretora percebia na Sara uma “altivez” que lhe incomodava. Mas na verdade só a diretora do internato tinha esta impressão. Todas as outras pessoas, exceto duas internas de caráter duvidoso, percebiam elegância, beleza, gentileza e generosidade na nova interna. Sara rapidamente se enturmou com todas as pessoas do internato, tanto alunas, quanto funcionárias. A diretora era uma pessoa fria, interesseira e grosseira com os funcionários. Os exploravam bastante. rigorosa nos cuidados do internato. e duas meninas sentiam inveja dela. Sara era bastante inteligente e muito atenta a tudo e a todos.
Ajudava alunas com dificuldade de aprendizagem, consolava as internas quando estavam tristes, contava histórias nos intervalos das aulas. Todos a achavam uma princesa. Sara, também, conseguiu conquistar a amizade de uma menina chamada Becker que trabalhava quase como uma escrava no internato. Vivia desnutrida e Sara sempre a consolava quando era injustamente explorada ou castigada pela diretora. Dava-lhe escondido comida e secava suas lágrimas. Apesar de toda sua riqueza, Sara não se importava com a ostentação ou luxos. Valorizava o autorrespeito, o respeito ao próximo, a verdade, a caridade e a amizade independente do status social da pessoa.
No dia em que completou onze anos recebeu a triste notícia de que seu pai havia falecido e também estava falido devido a um alto investimento feito em minas de diamante que não tinha dado certo.
Sara agora era órfã de pai e mãe e sem nenhum parente ficou totalmente vulnerável e na miséria. A diretora, disse que seria caridosa, não a “jogaria na rua”, mas viu sua oportunidade de transformar a vida de Sara em um inferno. Confiscou todo seu vestuário, transformou -a em uma criada, colocou-a para dormir no sótão sem aquecimento e sem higiene. Mas Sara resignava-se, mantinha sua elegância, apesar de estar mal vestida, e fazia todas as tarefas que lhe eram designadas. E quanto mais Sara exercia sua humildade, mais cruel a diretora se tornava. Sara nunca perdeu sua postura e para lidar com os problemas, a fome, os maus tratos e humilhações ela usava a imaginação, criava verdadeiras histórias.
Seu lema era: “quando finjo que acredito, vira realidade”. Mesmo não conseguindo esquecer as tristezas fica mais fácil suportá-la.
É assim Sara viveu alguns meses, até que foi descoberta pelo antigo sócio do seu pai. Ele andava desesperado a sua procura, para lhe entregar tudo que ela tinha de direito. Ele além de reverter a falência, duplicou o patrimônio dela. Sara saiu do Colégio interno e foi morar com o antigo sócio do seu pai. Ele havia prometido que cuidaria de Sara como se fosse sua própria filha. Beck foi morar com eles também.